Com crise financeira na pandemia, cresce inadimplência no Fies - Don’t LAI to me # 35
Dados obtidos pela Fiquem Sabendo detalham a situação por estado no principal programa de financiamento estudantil do país
Esta é a edição # 35 da Don’t LAI to Me, a newsletter da Fiquem Sabendo para quem quer informação direto da fonte. É a primeira no Brasil a divulgar bases de dados inéditas de diversos assuntos e trazer dicas e tutoriais exclusivos de como obter documentos e informações do poder público por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI)
Dívidas com o poder público
O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), responsável pela gestão do principal programa de financiamento de ensino superior do país, o Fies, divulga, por meio da LAI, dados sobre a quantidade de endividados.
Não é muito surpreendente que, em meio a um dos piores momentos da economia brasileira, os números mostrem que a quantidade de pessoas com dívida aumentou.
Os dados fornecidos foram divididos por estado. Assim, é possível fazer análises por região.
O órgão publicou recentemente uma resolução que permite a suspensão de parcelas do Fies enquanto houver o estado de calamidade pública por causa do novo coronavírus.
Acesse aqui as respostas fornecidas.
Como está a situação no seu estado? O relatório e esses dados podem ajudar a produzir textos sobre o tema. Veja aqui como creditar os dados levantados pela agência.
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Pareces que justificaram o aumento no limite de compra de munições
Em abril, o governo federal publicou portaria que triplicou o limite de compra de munições aos portadores de arma de fogo. A medida foi suspensa pela Justiça em junho, após um pedido apresentado em ação popular movida pelo deputado federal Ivan Valente (PSOL-SP). Nós acessamos os documentos que embasaram a medida do governo aqui.
Investigações com base na Lei de Segurança Nacional em série histórica
Dados fornecidos pela Polícia Federal. Os dados vão de 2000 a 2020, até a data da resposta, 7 de junho. Pedido de número 08850003710202044.
Exército prepara game online para melhorar imagem da instituição entre jovens
Informação fornecida no Boletim do Exército 24/2020, de 10 de junho de 2020. Descobrimos a informação em meio a vários pedidos feitos por meio da LAI à instituição. Veja aqui.
O objetivo do projeto é "criar impressões positivas sobre o Exército Brasileiro, principalmente nas faixas etárias de 16 a 24 anos". O jogo será disponibilizado na internet gratuitamente, para até 15 mil jogadores ao mesmo tempo, 24 horas por dia. O documento traz outros detalhes: o game será em primeira pessoa, com gráficos de alta qualidade e os jogadores serão estimulados a cultuarem os valores do Exército e a respeitar regras de engajamento. O inimigo será um país invasor fictício/aliança de países invasores fictícios, e será ambientado em 2025, para evitar desdobramentos ligados ao atual contexto político. Haverá inspiração em jogos como Counter Strike, Fortnite, Arma 3 e Rainbow Six.
Dados de venda de munições em 2018, 2019 e 2020, dividido por mês e por tipo
Conseguimos com o Exército informações sobre o quantitativo de munição para uso institucional, atirador esportivo e caçador e empresas de segurança privada, entre outros. Os dados, do pedido 60502001728202081, também são divididos por estado.
Veja a resposta que acompanhou as informações:
A respeito do assunto, a Diretoria de Fiscalização de Produtos Controlados (DFPC) esclareceu que de acordo com os dados disponíveis no Sistema de Controle de Venda e Estoque de Munições (SICOVEM), os quantitativos requisitados estão especificados em tabelas anexas, conforme orientações abaixo:
A Tabela 1, referente à solicitação do item 1, constam as seguintes informações:
– Munição para uso institucional – Munição para integrantes de órgãos e instituições – Munição para atirador desportivo e caçador – Munições para entidades de tiro desportivo – Munições para empresas de segurança privada
– Indústria (item 2)
A Tabela 2, referente à solicitação do item 2, contam as seguintes informações:
– Comércio varejista
Acesse aqui os arquivos: Arquivo 1 / Arquivo 2
‘Corona trip’ custou R$ 2 milhões aos cofres públicos
A viagem da comitiva do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) aos Estados Unidos no início de março deste ano custou mais de R$ 2 milhões aos cofres públicos. É o que apontam dados da Presidência da República e do Ministério das Relações Exteriores (MRE) obtidos pelo Fiquem Sabendo por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI). Parceria com o Yahoo.
Hospitais universitários somam 3,4 mil profissionais afastados por Covid-19
Entre casos suspeitos e confirmados, a Covid-19 motivou o afastamento temporário de pelo menos 3,4 mil profissionais de saúde nos 35 hospitais universitários administrados pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), entre março e maio. Os dados foram obtidos pela agência Fiquem Sabendo via Lei de Acesso à Informação. Parceria com o Yahoo.
Lei de Acesso à Informação na imprensa
Governo restringe acesso a documentos e muda regras de transparência - UOL
Quantidade de cocaína apreendida no Brasil pela PF cresceu 15 vezes em 20 anos - Yahoo (parceria com a Fiquem Sabendo)
Governo de São Paulo contratou empresa incluída na "lista suja" do trabalho escravo - UOL
Denúncias de fraude em cota na UFAM cresceram mais de 400% em 2020 - A Crítica
Fábrica nacional de vacinas está em construção há 30 anos e consumiu R$ 419 milhões - BBC
Weintraub e dez parlamentares na mira do STF têm passaportes diplomáticos - UOL
PM de São Paulo recebe mais de 5 mil trotes todos os dias - Jovem Pan
Veja quem (e como) está usando os dados da Fiquem Sabendo
Os dados aqui divulgados são públicos e de livre uso, contanto que sejam dados os devidos créditos, como apontamos neste link.
Veja alguns veículos de comunicação que usaram nossos dados recentemente:
Metrópoles (DF) | MSN | Revista Época | Poder 360 | Amazonas Atual | | LEIAMAISBa (Bahia) | RDNews (Mato Grosso) | Marília Notícias (São Paulo) | ApoNews (Rio Grande do Norte) | AgoraRN (Rio Grande do Norte)
Como trabalhamos
Nosso compromisso é trazer dicas, tutoriais e dados públicos a cada 15 dias. A ideia é fazer com que você - cidadão, ativista, jornalista, pesquisador ou entusiasta dos dados abertos - obtenha e use essas informações de maneira cada vez mais qualificada.
A cada nova edição percebemos que nosso trabalho é mais compartilhado, reproduzido e usado como fonte para jornais regionais, nacionais e trabalhos acadêmicos. E esse é nosso maior orgulho. Vai publicar algo com dados que divulgamos ou descobrimos? Siga os passos descritos na página “Republique” e conte pra gente nas redes sociais!
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